1. Técnicas de Manuseio de Pincéis
Toda ferramenta exige um manuseio adequado. Não é diferente com o pincel. Existe um manuseio básico para todos os pinceis, os quais chamamos de: linha, largura, largura total e digital.
Foto 1: Manuseio básico do Pincel – linha, largura, largura total e digital, respectivamente
Os modelos de cortes dos pinceis, como chanfrado, filber e triangular foram retirados do estudo das pinceladas, esse processo foi estudado com muito rigor.Esse estudo surgiu do uso contínuo de um pincel reto e redondo, surgindo o estudo dos vários movimentos que o artista expressa em seus trabalhos. A necessidade desses pinceis surgiu na china devido ao uso de pinceis na escrita. Com o passar do tempo foi surgindo a necessidade de pinceis melhorados para produzir uma escrita mais rápida e assim foi aprimorado o pincel para facilitar esses movimentos da escrita chinesa.
Foto 2: Uso do pincel reto e redondo, respectivamente
Nesse processo da pincelada, para estes movimentos em específico, como linha mais largura eram sempre o mesmo movimento e a cerda comportava-se de uma mesma maneira, logo perceberam que poderia haver um pincel com esta característica, surgindo assim o pincel chanfrado. Com essa facilidade de existir um pincel que já inicia a pincelada da maneira adequada, podemos então repetir a mesma pincelada quantas vezes quisermos e com mais precisão. De fato, entendemos que isto diminui a necessidade de conhecimento especifico, facilitando e difundindo a pintura mais elaborada, ou seja, com mais elementos complexos.O pincel chanfrado utilizado da maneira adequada nos dá o resultado que desejamos, não descartando a prática do artista e nem a criatividade, essa ferramenta veio a facilitar a pintura manual que necessita ser repetida muitas vezes. Portanto, o manuseio do pincel chanfrado não pode ser determinado como um mecanismo autônomo, ele depende do artista para o bom resultado, ele é apenas uma ferramenta que facilita o trabalho.O domínio dos movimentos básicos são:
- 1. Linha – pincel em posição reta de um ponto ” A” ao ponto “ B” obtendo como resultado uma linha.
Foto 3: Uso do pincel para traçar uma linha- 2. Largura - pincel na posição em pé com a largura encostando os filamentos no objeto a ser pintado, levando o pincel do ponto A ao B.
Foto 4: Exemplo de largura
- 3. Largura Total - pincel na posição em pé com a virola encostando-se ao objeto a ser pintado tendo como resultado desse movimento os filamentos bem encostados na superfície, com a mão firme trazer o pincel do ponto A para o ponto B com pequenos movimentos da esquerda para direita permitindo a tinta ficar na superfície.
Foto 5: Uso do pincel para traçar a largura total- 4. Digital - pincel na posição em pé ou até levemente inclinado encostando-se ao objeto, tendo como resultado a digital.
Foto 6: Uso do pincel para gerar a digital
Estes movimentos corretamente aplicados irão determinar a qualidade do resultado do trabalho. Com isto fica claro que o pincel por si mesmo não irá produzir um resultado superior se o artista não souber utilizá-lo corretamente, entretanto, sabendo utilizá-lo da maneira correta, este poderá se beneficiar de um trabalho muito mais rapidamente desenvolvido e mantendo uma qualidade superior, o que o diferenciará.Esta tese se propõe a analisar se esta tecnologia aplicada ao pincel realmente trás os benefícios acima explanados. Devido a isto vamos nos ater a apenas um tipo de corte especial de pincel, caso contrário o tema ficaria por demais complexo para ser exaurido neste trabalho.Apesar disto, nos anexos poderá encontrar todos os cortes de pincel disponíveis no mercado.