O debate sobre as células-tronco embrionárias humanas (CTEH) não cessa, o chamado blastocisto. De um lado os cientistas e de outro os religiosos. Os cientistas falam que o método foi “aprovado pela sociedade”. Ser aprovado pela sociedade não significa que algo seja certo, mas sim que há tolerância quanto a isto, provavelmente por necessidade ou mesmo conveniência.
Sabemos que historicamente, em nome da sociedade, muitos desvios de conduta tornaram-se aceitáveis, apesar de trazerem problemas enormes. As crianças em dado momento da história eram utilizados para serviços pesados, pois não eram consideradas “filhos de Deus”. Quer dizer, ainda não haviam nascido de novo (espiritualmente), e portanto poderiam ser alvo de toda sorte de abusos.
Hoje em dia fala-se em direito da criança – o estatuto da criança e do adolescente, um avanço tremendo em relação ao passado. Naquele momento, a sociedade aprovava estes métodos, e hoje entendemos ser uma atrocidade o que se fazia.
Bom, isto por si só não nos diz se devemos ou não caminhar nesta direção.
Mas no Salmo 139:16 o salmista diz: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia”. Aqui está claro que Deus nos conhece desde que éramos corpo informe, e assim foi durante nossa formação.
Se Deus nos conhece desde esta data, é porque somos seres vivos desde a concepção. Neste sentido, não podemos utilizar os embriões com estas finalidades.
E se os embriões foram congelados, é porque deverão ser usados no futuro. Dizer então que podem ser usados seria o mesmo que criar um grande mercado destes, deturpando o sentido inicial.
Por outro lado, não devemos tampouco ser rígidos a ponto de inviabilizar qualquer progresso ou o salvamento de vidas. Caso contrário faremos um grande “desserviço” à humanidade, como muitos o fizeram em diversos períodos da história da humanidade.
Temos que pensar formas de não cessarem as pesquisas, o avanço e as curas, entretanto não podemos ser levianos ao tratar da vida humana.