17 de maio de 2013

Inovação ao gosto do cliente

Chegamos ao tempo em que quase tudo que foi escrito sobre ficção científica está se tornando realidade. Muitos inventos, que pareciam coisa de outro mundo, estão se transformando em produtos e equipamentos com a capacidade de transformar o varejo, tornando-o muito mais eficiente. Atualmente, o setor está conciliando algumas ferramentas para trazer ao PDV (ponto-de-venda) informações que, por conta da demora em serem obtidas, perdiam a utilidade.

Este conjunto de dispositivos e tecnologias propõe novas soluções às questões que estão no dia-a-dia do varejo, como: ter todos os modelos de produto no estoque, vender mais, fazer a fila do caixa andar mais rápido e ter funcionários melhor preparados.

Muitos devem ter visto a notícia sobre o espelho mágico e de como uma marca de calçados esportivos resolveu o problema do alto volume de tênis que precisava ficar em exposição na loja mantendo apenas os calçados pretos. Assim, o cliente experimentava apenas o tênis exposto, na numeração escolhida, e, em frente a um espelho, eram projetadas as cores e modelos variados escolhidos pelo cliente. Após fazer a escolha, bastava ir ao caixa, para efetuar o pagamento e retirar o modelo na cor escolhida. Com roupas é a mesma coisa.

Um sistema captura a imagem do cliente, calcula suas proporções e seu manequim e, em frente a uma tela, é possível experimentar a roupa desejada na cor escolhida. Certamente, será a alegria das consumidoras, que poderão experimentar tantos modelos quanto desejarem. Para o lojista, melhora sua organização, pois não sobram dezenas de cabides para serem repostos nas araras ao final do dia.

Supermercados podem utilizar câmeras de vídeo para monitorar o tráfego de pessoas no interior da loja e determinar o caminho mais utilizado pelos consumidores, priorizando os produtos que estarão disponíveis ao longo do percurso. Também podem identificar se aquela oferta foi visualizada mais por homens do que por mulheres e, assim, realizar algo mais direcionado a cada segmento comprador.

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Essas tecnologias acabam por proporcionar ao cliente uma experiência diferente na loja. E isso é importante, uma vez que estamos em um período em que o varejista precisa fisgar o cliente bem antes dele chegar ao estabelecimento. Ao criar uma experiência diferente na sua loja, a propaganda entre os clientes vai fazer com que mais consumidores apareçam para conhecer a novidade, e isso irá incrementar as vendas. Os ganhos certamente virão, e quem deixar pra investir depois, ficará para trás.

Para aqueles que não foram alcançados por esta propaganda, o varejista terá que usar de outros meios, o que é chamado de cross channel, ou seja, usar canais diferentes para alcançar seus clientes. Um exemplo disso é o uso da web por uma loja. E note que não estou falando apenas do comércio eletrônico, mas o uso de, por exemplo, apps para smartphones e tablets que permitam conhecer a loja e consultar seus produtos sem estar fisicamente na mesma.

Hoje ainda são poucas as iniciativas desse tipo. Atualmente apenas algumas redes colocam esse conceito em prática, pois normalmente esse cenário é visto como se fosse uma competição, ou seja, lojas físicas estão em luta contra as lojas virtuais ou eletrônicas.

Essa é uma visão equivocada. Se entendermos que cada um destes canais traz vantagens, e procurarmos usar apenas as vantagens de cada canal, entregaremos mais ao cliente. Se houver sucesso na implementação desta abordagem de múltiplos canais, o cliente será alcançado pela marca/loja tanto se estiver nela fisicamente como se estiver navegando na web através de seu dispositivo móvel.

O fato é que isto exige realizar investimentos no curto prazo e a maioria prefere agir de maneira reativa, aguardando que dê certo para entrar, ou até mesmo continuam esperando para ganhar o máximo que podem no formato atual de loja.

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A tecnologia está expandindo muito rapidamente e as lojas estão mudando também. É importante realizar a tempo os investimentos que permitam manter os negócios alinhados com o que está ocorrendo no mercado, sob o risco de engrossar a lista das empresas que perderam espaço e clientes.

Publicado no site Decision Report em 16/maio/2013

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