Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. (Hebreus 13:5)
O pavão, conhecido por sua longa cauda verde e azul em forma de leque, sempre chamou a atenção por ter um dos cortejos mais bonitos do reino das aves. Uma cauda com muitos olhos, longa e colorida demonstra que o pavão está saudável e forte.
Nossa sociedade, competitiva como é, alimenta-se da síndrome do rabo de pavão. Observamos isto quando uma pessoa quer mostrar à outra que possui bens mais bonitos do que ele. Vemos instaurado um culto ao belo e para alcançar este padrão vale tudo.
Tudo é feito para se mostrar superior ao outro, para se exibir mais para a sociedade. Assim, obterão mais respeito e valor das pessoas. Dia destes, Telma e eu fomos visitar uma irmã da nossa igreja que havia ganhado um bebê.
Pois bem, ela é advogada e precisou ir ao fórum realizar certa atividade. Com uma bebê pequena em casa, acabou saindo rapidamente. Ao chegar ao fórum, o recepcionista lhe perguntou se já possuía cadastro, ela disse que sim e lhe passou o número da identidade. Ele não encontrou o registro e então ela pegou sua carteira da OAB para que fizesse o cadastro. Ao perceber que era uma advogada, o atendente ficou preocupado por não estar dando-lhe o tratamento adequado. Ele não conseguiu identificar sua posição porque ao sair apressadamente de casa, ela não se vestiu como de costume.
O mesmo já ouvi de muitas pessoas que, por alguma razão, estavam bem vestidas e foram melhor atendidas nos lugares em que foram. Isto já deve ter ocorrido com você também.
Esta situação é tão forte em nossa sociedade, que a grande maioria das pessoas procura seguir os padrões financeiros dos outros ou do grupo social a que pertencem.
Se a família tem condições de manter este padrão, tudo bem, mas se não tem, acaba entrando numa ciranda financeira para que possa impressionar os que estão ao seu redor e assim sentir-se aceito, amado e respeitado, o que na maioria das vezes compromete o orçamento doméstico.
Este comportamento, de querer ter sempre mais em vez de querer ser alguém, é o mesmo comportamento que Lúcifer teve nos céus e vemos isto muito claro nas escrituras quando ele tentou a Jesus.
Satanás diz claramente que todos os reinos da terra são dele, ou seja, que ele possui poder e autoridade, e que estava disposto a entregar tudo a Jesus, bastava adorá-lo.
Muita gente tem se perdido nestes dias ao ver o rabo do pavão, e tem se deixado levar pelos padrões da sociedade e entregado sua alma, seus filhos, casamento e tudo o mais para um destino terrível.
Outro dia minha esposa viu na rua um carro da marca Jaguar e nossos meninos estavam juntos com ela no carro. Ficaram intrigados em saber onde uma pessoa que possui um carro tão caro vive e, movidos por sua curiosidade, resolveram ir atrás para tentar ver sua casa.
Como ia na mesma direção deles foram atrás e logo o carro entrou na garagem de uma casa simples, que nada tinha de especial. Aquele homem tinha um ótimo carro e uma casa muitíssimo mais barata e simples que seu carro.
É disto que estamos falando, quando é melhor mostrar aos outros que se está bem em vez de viver bem. Não creio que pessoas deste tipo tenham paz em seus corações, pois nunca estarão saciadas. Sempre será preciso encontrar algo a mais e conquistar mais um pouco.
Precisamos voltar à essência, o que passa por simplesmente estarmos contentes com aquilo que temos e parar de consumir tudo e de tudo.
PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE
- Tenho procurado mostrar mais do que sou?
- Como esta atitude tem afetado meu relacionamento?
“Pai celestial, te louvo pelo que me tem dado. Sei que o Senhor jamais irá deixar o justo perecer, portanto, me ensina a andar conforme Tua palavra de vida, que me satisfaz em todos os aspectos. Que meu viver e proceder possam ser de acordo com Teus padrões de fé. Te peço, prospera-me em justiça. Amém!"
Luis Antonio Luize
Amado irmão Pastor Luis, gosto e acompanho todas seus artigos ( os tenho arquivados ) no entanto peço desculpas em fazer esta observação em relação ao presente artigo, quem pode garantir que o Sr. por estar conduzindo o Jaguar era seu proprietário? O mesmo poderia ser o motorista ou um mecânico, e só
se fosse alguém conhecido de sua família haveria a garantia de ser ali sua casa!
As aparências enganam e apenas por essa razão discordo do exemplo, mas sem nenhum caráter de polemica e nem muito menos, Deus continue derramando bençãos sem fim sobre o senhor e sua família!
Abraço fraternal.
Bom dia! Muito bom o texto. Mostra-nos como os padrões do mundo podem afetar nosso comportamento se não estivermos alertas. Deus continue abençoando esse Ministério.
Pastor Luis:
O verso em destaque mostra que é incompatível o amor ao dinheiro e ao mesmo tempo, amor a Deus. O que redunda em tristeza e vaziez nunca preenchida. A certeza de que Deus não abandona seu filho produz paz na alma, alegria no coração e sossego na mente. Algo que não se experimenta quando o deus é o amor ao dinheiro.